MOSCA 11.5 - Programação Brasileira NÓS PRECISAMOS OUVIR

Os quatro programas de curtas que compõem a mostra brasileira da MOSCA 11.5 se complementam ao expor algumas das complexidades da atualidade. Em RAÍZES, TRAJETÓRIAS E DESVIOS OBRIGATÓRIOS, os filmes lidam com memória, identidade cultural e a resistência de personagens negras através destes elementos. Pertencimento, deslocamentos e perspectivas de futuro normalmente não estão dissociados.

PRECISAMOS OUVIR DE OUTRAS FORMAS traz as mulheres no centro do discurso. A urgência da fala se altera conforme a classe social, a etnia e o período histórico. A luta quase sempre aparece como a única escolha possível. Muito tem se discutido sobre o assunto, e  transformações importantes estão em curso, mas quando a reação às pautas feministas é ainda tão forte e controversa é porque, enquanto sociedade, precisamos reconhecer novos modos de ouvir na tentativa de compreender com a devida dimensão.

CONTEMPORANEIDADE DURADOURA reúne denúncias, esmiúça fatos e ações de determinados grupos sociais que impactam no curso da história por períodos longos, deixando manchas destrutivas: a negligência à respeito dos impactos socioambientais; o racismo e a marginalização intencional de uma parcela da sociedade; o desenvolvimento econômico à custa da escravidão; a tortura durante o período militar e a politização oportunista de divergências na disputa pelo poder. 

O último programa da mostra é CONTEXTOS RASGADOS, que expõe rupturas profundas, causadas por circunstâncias autoritárias, em comunidades, famílias e indivíduos. Atitudes normalmente endossadas por uma parcela expressiva da sociedade. 

Longe de esgotar tais temas em uma mostra de filmes, e vivendo um dos momentos mais violentos do período democrático brasileiro, a MOSCA se propõe e convida a ouvir.

A mostra NÓS PRECISAMOS OUVIR tem curadoria de Ananda Guimarães, e foi exibida em diálogo à mostra internacional NÓS PRECISAMOS DISCORDAR.

Cambuquira - MG | 27 a 29 de julho de 2018 | no Antigo Cinema Espaço Cultural

São Paulo - SP | 20 a 23 de setembro de 2018 | no CCSP - Centro Cultural São Paulo (Circuito Spcine)

Próximas itinerâncias em breve.


NÓS PRECISAMOS OUVIR 1 – RAÍZES, TRAJETÓRIAS E DESVIOS OBRIGATÓRIOS

Classificação: Livre

FotogrÁFRICA, de Tila Chitunda

FotogrÁFRICA, de Tila Chitunda

FotogrÁFRICA, de Tila Chitunda // Brasil // PE // 2016 // 25’   

Dona Amélia é uma angolana refugiada de guerra que recomeçou a vida em Olinda, Nordeste do Brasil. A partir do seu mural de fotografias, a sua filha brasileira vai em busca de suas raízes, dividida entre as memórias da família e as manifestações de origem africana que ela encontra pelo caminho.

Direção: Tila Chitunda; Roteiro: Tila Chitunda; Som Direto: Guma Farias; Trilha original: Grupo Bongar, Zé Manoel; Edição de som: Catarina Apolônio; Direção de produção: Marilha Assis; Produção Executiva: Tila Chitunda; Direção de Fotografia: Roberto Iuri; Montagem: Amandine Goisbault; Consultoria de Roteiro: Ernesto de Carvalho, Julien Ineichen, Tuca Siqueira Design Gráfico: Ingrid Borba; Mixagem de Som: Catarina Apolônio. 

Filmografia da diretora:  Nome de Batismo - Alice (2017), FotogrÁFRICA (2016), Luiza (2012).

 

GALERIA PRESIDENTE, de Amanda Gutiérrez Gomes

GALERIA PRESIDENTE, de Amanda Gutiérrez Gomes

GALERIA PRESIDENTE, de Amanda Gutiérrez Gomes // Brasil // SP // 2016 // 20’

Galeria Presidente é o local de trabalho, o espaço de convivência e a resistência da cultura de imigrantes africanos que residem na cidade de São Paulo.

Direção: Amanda Gutiérrez Gomes; Produção: Amanda Gutiérrez Gomes, Bianca Mafra, Davi Firmino, Giovana Ferrari e Julia Moutinho Gallego; Produção Executiva: iovana Ferrari; Dir. Produção: Giovana Ferrari; Roteiro: Bianca Mafra; Pesquisa: Amanda Gutiérrez Gomes, Bianca Mafra, Davi Firmino, Giovana Ferrari e Julia Moutinho Gallego; Ass. ireção: Julia Moutinho Gallego; Dir. Fotografia: Clara Zamith; Captação: Ana Lucia Magalhães; Montagem: Amanda Gutiérrez Gomes; Finalizaçã: Bruno Horowicz e Brunno Schiavon; Edição: Santiago Mazzoli e Bruno Horowicz; Empresa produtora: CINCO; Empresa co-produtora: Mira Filmes

Filmografia da diretora: Diretora estreante.

 

PERIPATÉTICO, de Jéssica Queiroz

PERIPATÉTICO, de Jéssica Queiroz

PERIPATÉTICO, de Jéssica Queiroz // Brasil // SP // 2017 // 15’  

Simone, Thiana e Michel são três jovens moradores da periferia de São Paulo. Simone está a procura do seu primeiro emprego, Thiana tenta passar no concorrido vestibular de medicina e Michel ainda não sabe o que fazer. Em meio às demandas do início da fase adulta, um acontecimento histórico em Maio de 2006 na cidade de São Paulo muda o rumo de suas vidas para sempre.

Direção: Jéssica Queiroz; Produtora: Carolina Filmes; Produção Executiva: Jéssica Queiroz; Roteiro: Ananda Radhika; Fotografia: Luiz Augusto Moura; Montagem: Ana Julia Travia; Direção de Arte: Dicezar Leandro; Cenografia: Flora Fujii; Figurino: Fatima Lima, Marina Gomes; Animação: Ananda Radhika; Elenco: Larrisa Noel, Maria Sol, Alex de Jesus, Mirian Lima, Joice Teixeira, Stefani Mota, Maria Fanchin e Renata Alves, Daniel Viana, Rodney Magalhães e Wesley Monteiro.  Filmografia da diretora: Peripatético (2017); Número e Série (2015); Gêmeas (2015); Parceiros (2015); Vidas de Carolina (2014); Maura (2013); Uma família que é um povo (2012).

 

TRAVESSIA, de Safira Moreira

TRAVESSIA, de Safira Moreira

TRAVESSIA, de Safira Moreira // Brasil // RJ // 2017 // 5’

Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro.

Direção; Roteiro; Montagem; Produção; Som: Safira Moreira
Assistente de Produção: Caíque Mello e Tuanny Medeiros
Fotografia e Câmera: Caíque Mello


Filmografia da diretora: Diretora estreante.


NÓS PRECISAMOS OUVIR 2 – PRECISAMOS OUVIR DE OUTRAS FORMAS

Classificação: 16 anos

OUTRAS, de Ana Julia Travia

OUTRAS, de Ana Julia Travia

OUTRAS, de Ana Julia Travia // Brasil // SP // 2017 // 22’

Vemos o cotidiano de seis mulheres de diferentes etnias e origens sociais. Escutamos desejos, angústias, ocupações e devaneios de suas bocas e de outras. Há lugares para aonde partir que escapem as cobranças da nossa sociedade racista e patriarcal?

Direção: Ana Julia Travia; Roteiro: Mariana Vieira; Produção: Daniel Cabrel e Fernando Esposito; Fotografia: Adriana Serafim, Giulia Martini, Gabrielle Ferreira e Isadora Maldonado; Som: Mariane Nunes, Mariana Vieira, Natalia Caseu e Raisa Queiroz ; Edição: Piera Portasio; Elenco: Edna Travia; Ana Cristina Vieira; Márcia Hipólito; Teresa Travia, Mariane Nunes e Andreza Delgado.

Filmografia da Diretora: SAMPLE (2018); Outras (2017).

 

 

TENTEI, de Laís Melo

TENTEI, de Laís Melo

TENTEI, de Laís Melo // Brasil // PR // 2017 // 15’

A coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.

Direção: Laís Melo; Elenco: Carlos Henrique Hique Veiga, Janine Mathias, Patricia Saravy, Richard Rebelo; Produção: Isabele Orengo; Fotografia: Renata Corrêa; Roteiro: Laís Melo; Direção de Arte: Bea Gerolin; Som: Débora Opolski; Montagem: Laís Melo; Empresa Produtora: Gesto de Cinema


Filmografia da diretora: diretora estreante.

 

 

 

 

OCUPAÇÃO HOTEL CAMBRIDGE, Andrea Mendonça

OCUPAÇÃO HOTEL CAMBRIDGE, Andrea Mendonça

OCUPAÇÃO HOTEL CAMBRIDGE, de Andrea Mendonça // Brasil // SP // 2015 // 24’

O curta-metragem retrata o funcionamento do movimento de moradia sem teto
do Centro da cidade de São Paulo, Frente de Luta Por Moradia (FLM) por meio do
cotidiano dos moradores da Ocupação Hotel Cambridge. Responsabilidade,
trabalho duro e organização são a base da luta por moradia, possibilitando que
famílias construam um futuro fora das ruas.

Direção, Roteiro e Edição: Andrea Mendonça; Co-Direção: Leonardo Ciaccio; Direção de Fotografia: Alexandre Calado e Maria Eduarda Medeiros; Produção: Lucas Miranda, Roberto Carvalho e Rodolfo Azevedo; Som: Lucas Miranda e Alexandre Calado; Still: Danilo Ramos; Ass. de Direção: Lucas Miranda; Ass. de Produção: Matheus Aragão e Guilherme Zucconi; Empresa Produtora: Buvuá Filmes

Filmografia da diretora: Dentre Nordeste e Sudeste (2018); Ocupação Hotel Cambridge (2016);  I do know my way home (2015); Habitar (2015); ½ kg (2015); O Meu Olhar (2007); Artistas Reunidos (2007).

 

PISCINA, de Leandro Goddinho

PISCINA, de Leandro Goddinho

PISCINA, de Leandro Goddinho // Brasil // SP // 2016 // 30’

Claudia decide investigar o passado de sua avó recém falecida. Através de uma carta ela conhece Marlene, uma velha alemã que vive no Brasil e mantém suas memórias dentro de uma piscina desativada. Piscina fala sobre a perseguição aos gays durante o período nazista e as recentes conquistas dos direitos civis da comunidade LGBTT.

Direção: Leandro Goddinho; Produção: Amina Jorge; Fotografia: Bruno Risas; Roteiro: Leandro Goddinho; Som Direto: Tales Manfrinato; Direção de Arte: Rafael Blas; Montagem: Leandro Goddinho, Mirella Martinelli; Trilha Sonora: Marcelo Pellegrini; Design de Som: Guile Martins; Empresa Produtora: Filmes de Vagabundo; Elenco: Carolina Bianchi, Ester Laccava, Jane Eyre, Luciana Paes, Marcela Feter, Mawusi Tulani, Sandra Dani

Filmografia do diretor: Positive Youtubers - A Machinima Documentary (2017); World is round so that nobody can hide in the corners - Part l : Refuge (2017); World is round so nobody can hide in the corners - Part ll : The Kiss (2017); Piscina (2017); D.O.R. (2010); Darluz (2009); Maria Sem Graça (2007).

DIAGRAMA DO ÚTERO, de Bianca Rêgo

DIAGRAMA DO ÚTERO, de Bianca Rêgo

DIAGRAMA DO ÚTERO, de Bianca Rêgo // Brasil // SP // 2014 // 7’Como mulheres modernas temos uma gama de caminhos para escolhermos seguir. Ser uma mãe e esposa com filhos para criar, uma trabalhadora do mercado de trabalho, ou tentar conciliar todas essas funções em apenas uma: ser uma mulher em um mundo de homens. “Diagrama do Útero” é um documentário poético constituído de imagens de arquivo que propõe reflexões sobre nossa sociedade, sobre a própria mulher e suas indecisões, sobre como se encaixar ou se desvencilhar desses rótulos que nos perseguem desde o "É uma menina", disse o doutor.


NÓS PRECISAMOS OUVIR 3  – CONTEMPORANEIDADE DURADOURA

Classificação: 14 anos

O COMPLEXO, de Thiago Foresti

O COMPLEXO, de Thiago Foresti

O COMPLEXO, de Thiago Foresti // Brasil // MT // 2017 // 26’

Construído em solo sagrado indígena, o complexo hidrelétrico Teles Pires resulta em impactos ambientais na bacia do Alto Tapajós, localizada nos estados do Pará e do Mato Grosso. O documentário revela os vícios do licenciamento, dos estudos ambientais e das compensações das obras mais caras do Brasil. Para prosseguir com as construções e sob o pretexto de garantir a ordem pública, as empreiteiras acionam um mecanismo jurídico da época do regime militar: a suspensão de segurança. A Amazônia e o Cerrado sofrem os efeitos negativos das hidrelétricas, os movimentos sociais e as pessoas atingidas pelas barragens são silenciados, enquanto os povos indígenas sentem no corpo a violência do Estado quando tentam proteger suas terras.

Direção: Thiago Foresti; Produção Executiva: Amanda Fernandes; Roteiro: Thiago Foresti e João Andrade; Fotografia: Thiago Foresti e Attilio Zolin; Edição de Som: Arthur Santos; Montagem: Thiago Foresti; Motion Design: Filipe Revoredo; Direção de Arte: Renato Moll

Filmografia do diretor: O Complexo (2017); Cidade Invisível (2017); UHE SINOP x Assentamento 12 de outubro (2014); Ikuiupá - Os Jogos Indígenas (2014); Já Pensou na Nossa Atmosfera Hoje? (2013); Vl Encontro Indígena (2013); Para Que Serve Um Zoneamento? (2010)

CHICO, Irmãos Carvalho

CHICO, Irmãos Carvalho

CHICO, de Irmãos Carvalho // Brasil // RJ // 2016 // 22’

2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.

Direção: Irmãos Carvalho; Fotografia: Gabriel Almeida; Roteiro: Tiago Coelho; Direção de Arte: Duda Monteiro; Montagem: João Rabello; Empresa Produtora: Nasceu Na Rua Filmes

Filmografia dos diretores: Diretores estreantes.

 

TERMINAL 3, Marques Casara e Thomaz Pedro

TERMINAL 3, Marques Casara e Thomaz Pedro

TERMINAL 3, de Marques Casara e Thomaz Pedro // Brasil // SP // 2017 // 24’

Em 2013, enquanto o país construía as grandes obras da Copa do Mundo, um grupo de 150 homens foi resgatado em situação de trabalho escravo na construção do Terminal 3 do aeroporto internacional de Guarulhos. Eles foram levados de vários estados do Nordeste a São Paulo por aliciadores a serviço da multinacional OAS, empresa de engenharia responsável pela obra. O filme conta a história desses trabalhadores pela voz de Josenildo Cruz Nunes, que mora com a família no interior de Pernambuco e continua viajando pelo país atrás de uma obra que construa seu maior sonho: trabalhar com dignidade.

Direção: Marques Casara e Thomaz Pedro; Roteiro: Tulio Kruse; Montagem e edição: Marcelo Vogelaar; Produção: Papel Social

Filmografia dos diretores: Osiba Kangamuke - Vamos lá, Criançada (2018), Terminal 3 (2017).

TORTURA TEM COR, de Pedro Biava

TORTURA TEM COR, de Pedro Biava

TORTURA TEM COR, Pedro Biava // Brasil // SP // 2016 // 22’

Em 1969, o governo brasileiro criou a Operação Bandeirante (Oban).
O objetivo era combater os grupos de esquerda contrários ao regime militar, identificando, localizando e capturando os membros dos grupos considerados subversivos. No período mais violento da ditadura no Brasil, a tortura foi amplamente utilizada como arma na guerra contra a ameaça comunista. Entre os mais ativos torturadores, estava o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou a repressão entre 1970 e 1974.

Direção: Pedro Biava; Gravuras: André Dias Catoto; Piano: Fábio Eitelberg; Finalização: Patrick Torres; Entrevistas: Leonardo Fernandes e Fábio Eitelberg; Cartaz: Helenice Biava

Filmografia do diretor: Tortura tem Cor (2016); Eu Vi (2015); Guarani Resiste (2014); Luiz Poeta (2012); Noel Rosa da Silva (2010).

 

 

O GOLPE EM 50 CORTES OU A CORTE EM 50 GOLPES, de Lucas Campolina

O GOLPE EM 50 CORTES OU A CORTE EM 50 GOLPES, de Lucas Campolina

O GOLPE EM 50 CORTES OU A CORTE EM 50 GOLPES, de Lucas CampolinaBrasil // MG // 2017 // 9’

Tem telefone aí? - Não, não, deixei tudo no carro. O Golpe em 50 Cortes ou A Corte em 50 Golpes é uma das histórias possíveis sobre o golpe de estado no Brasil em 2016.  O filme é composto por trechos de grampos telefônicos e presenciais envolvendo políticos. A partir desse recorte e de um dispositivo – um contador de cortes – a montagem procura evidenciar o que pra muitos é óbvio: Dilma caiu para que a Lava Jato acabasse.

Direção e Montagem: Lucas Campolina

Produção: Olada Audiovisual

Filmografia do diretor: diretor estreante

 


NÓS PRECISAMOS OUVIR 4 –  CONTEXTOS RASGADOS

Classificação: 18 anos

EM BUSCA DA TERRA SEM MALES, de Anna Azevedo

EM BUSCA DA TERRA SEM MALES, de Anna Azevedo

EM BUSCA DA TERRA SEM MALES, de Anna Azevedo // Brasil // RJ // 2017 // 15’

Na mitologia Guarani, Terra sem males é o lugar onde os índios encontram a paz. Nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, um grupo indígena sem terra ergue uma pequena aldeia chamada Ka’aguy hovy Porã, Mata Verde Bonita. Ali, crianças crescem entre as antigas tradições, como a língua Guarani, e a cultura das grandes cidades, como o rap. Mas sempre sob a tensão de um dia surgir “os donos da terra” e o eterno pesadelo de, outra vez, terem que sair em busca da terra sem males.

Direção e Roteiro: Anna Azevedo; Fotografia: Vinícius Brum; Montagem: Nina Galanternick, ABC; Montagem adicional: Luiz Giban; Produção Executiva: Anna Azevedo, Som: Rodrigo Maia e Damião Lopez; Empresa Produtora: Butterfly Filmes, HY Brazil Filmes, Cavideo

Filmografia da diretora: Brasil Visual (2015); Um Rio que Vem de Longe (2015); Projeto Beirute (2015); Outono (2014); O dia do caçador (2013); Janaína (2012); Geral (2010); Dreznica (2008); Um Erradio (2007); O Homem-Livro (2006); BerlinBall (2006); Batuque na Cozinha (2004); Rio de Jano (2003).

ARARA: UM FILME SOBRE UM FILME SOBREVIVENTE, de Lipe Cânedo (Revista O Cruzeiro)

ARARA: UM FILME SOBRE UM FILME SOBREVIVENTE, de Lipe Cânedo (Revista O Cruzeiro)

 

ARARA: UM FILME SOBRE UM FILME SOBREVIVENTE, de Lipe Cânedo // Brasil // MG // 2017 // 14’

Em 2012, Rodrigo Piquet, do Museu do Índio, mostra a Marcelo Zelic, do grupo Tortura Nunca Mais, um filme que encontrara, chamado Arara. O título não se referia ao animal, nem ao povo conhecido por esse nome. Zelic o aponta como importante registro probatório sobre o ensino de tortura durante a ditadura militar. Eram imagens da formatura da Guarda Rural Indígena, em Belo Horizonte, produzidas pelo indigenista Jesco Von Puttkamer em 1970.

Direção: Lipe Cânedo; Diretor de Fotografia: Ricardo Murad; Som direto: Pedroca Vasconcelos; Produção: Bárbara Ferreira; Montagem: Lipe Canêdo; Legendagem em Maxacali: Sueli Maxacali

Filmografia do diretor: Arara: um filme sobre um filme sobrevivente (2017); Risos (2017); Carrocracia (2017); Democracia: um experimento político-cinematográfico (2017); Uma Noite para João Lemos (2017); Esta Noite Vi Dois Marcianos de Smoking (2016); O Bailarino (2015).

TORRE, de Nádia Mangolini

TORRE, de Nádia Mangolini

TORRE, de Nádia Mangolini // Brasil // SP // 2017 // 18’

Quatro irmãos, filhos de Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político da ditadura militar brasileira, relatam suas infâncias durante o regime.

Direção: Nádia Mangolini; Ass. de direção e dir de animação: Marcus Vinicius Vasconcelos; Produção Executiva: Heitor Franulovic, Nádia Mangolini, Paulo Serpa; Pesquisa: Vanessa Reis; Roteiro: Gustavo Vinagre; Montagem: Lia Kulakauskas; Direção de Arte: Pedro Franz, Rafael Coutinho; Arte conceitual: Jorge González; Storyboard: Jozz; Animação: Alois Di Leo, João Mauricio, Mauricio Nunes; Ass. de animação: José Alfredo Pistilli, Luiz Duduch, Renato José Duque; Desenho de Som: Miriam Biderman, Ricardo Reis Chuí - EFFECTS; Trilha musical: Dudu Tsuda; Som direto: Rene Brasil; Câmera: Cecilia Engels, Taísa Oliveira
Finalização: O2 PÓS; Empresas produtoras: Estúdio Teremim, Meus Russos

Filmografia da diretora: diretora estreante.

ESTAMOS TODOS AQUI, de Chico Santos e Rafael Mellim

ESTAMOS TODOS AQUI, de Chico Santos e Rafael Mellim

ESTAMOS TODOS AQUI, de Chico Santos e Rafael Mellim //  Brasil // SP // 2017 // 20’

Rosa nunca foi Lucas. Expulsa de casa, ela precisa construir seu próprio barraco. O tempo urge enquanto um projeto de expansão do maior porto da América Latina avança, não só sobre Rosa, mas sobre todos os moradores da Favela da Prainha.

Direção e Roteiro: Chico Santos e Rafael Mellim; Produção: Alexandre Mroz Tastardi & Juliana Soncini Salazar; Fotografia: Vinícius Andrade
Montagem: Chico Santos, Rafael Mellim & Coletivo Bodoque


FIlmografia dos diretores: diretores estreantes.